"On Demand é o novo Just in Time" - Análise preditiva na saúde
- Sabrina Simon
- 6 de ago. de 2018
- 2 min de leitura
Você já pensou se pudesse prever o futuro e intervir para mudar a história, evitando sofrimento e perdas financeiras significativas?
Com o avanço tecnológico em análises de dados dominando os setores de pesquisa em saúde, estamos criando a saúde personalizada On Demand. Significa que muito em breve você poderá ter um diagnóstico feito por tecnologias de aprendizagem de máquina, baseado em análises probabilísticas que podem aumentar muito a especificidade de um tratamento. Mas ao mesmo tempo, já é possível antecipar alguns desfechos de saúde por meio de modelos preditivos que são alimentados pelo seu histórico médico e hábitos de vida.

Quantas cifras seriam poupadas da verba investida em saúde num país como o Brasil, ou mesmo das empresas dos setores de saúde suplementar, se pudéssemos antecipar o quê (e quando) uma pessoa pode desenvolver uma doença? As filas deixariam de existir ou poderiam ser reduzidas consideravelmente, pois várias das pessoas que estão aguardando por uma oportunidade de tratamento poderiam evitar uma condição de saúde de forma consciente e orientada por um profissional.

Por exemplo: você tem um plano de saúde, concorda em fornecer todos os seus dados médicos e mais informações sobre seus hábitos de vida, e a partir de uma análise preditiva, você descobre que em 10 ou 15 anos tem 65% de chance de sofrer um infarto ou precisar de um procedimento, tal como uma angioplastia. Assustador, não é? E caro, muito caro! Tanto para você como para empresa que gere o seu plano. Mas e se você soubesse exatamente como evitar isso por meio de medidas que não custam nada para o seu bolso, como adotar a prática de exercício físico e reeducação alimentar?

Essas tecnologias já estão sendo desenvolvidas, e poderiam não apenas melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas como reduzir o desperdício de recursos financeiros, um dos problemas mais graves do Brasil. Entre os obstáculos que ainda se colocam no caminho estão o investimento nesse tipo de pesquisa e as questões de segurança da informação (que no Brasil ainda não é propriamente regulamentada). Mas estamos trabalhando nisso, e torcemos para que, até que a Câmara e o Senado brasileiros terminem por estabelecer a regulamentação do uso de dados pessoais para esse tipo de ferramenta, já tenhamos modelos bem ajustados (e tunados!) para mudar a forma como se faz saúde no Brasil.

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