Bardonecchia: Como chegar e o que fazer além de esquiar nessa cidade alpina (Parte 1: no inverno)
- Sabrina
- 28 de fev. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 27 de jun. de 2020
Quer um lugarzinho lindo, barato e fácil de chegar, com neve no inverno e um verão hipnotizante? Bardonecchia está no norte da Itália, na fronteira com a França. Esse post será dividido em duas partes: um guia para o inverno e outro para o verão.

Enquanto eu planejava a primeira visita a Bardonecchia foi bem difícil encontrar informações detalhadas na internet. Por isso vou descrever tudo o que eu gostaria de ter encontrado pra otimizar a sua experiência nesse pequeno paraíso.
Nesse texto eu relato:
Por que Bardonecchia é uma boa opção para esquiar no inverno?
Como chegar lá
O que fazer além de esquiar
Onde comi
Dicas e orientações importantes
1. Por que ir a Bardonecchia?
Bardonecchia é uma cidade pequena, na fronteira com a França, bem ao pé dos Alpes. Foi sede das Olimpíadas de Inverno em 2006, e é cheia de pistas de esqui de fácil acesso, e por isso é tão procurada. Lá se anda a pé por todo lado. No segundo post sobre O verão em Bardonecchia tem muito mais argumentos sobre a importância de visitar esse lugar!
2. Como chegar
Eu estava em Turim e resolvi fazer um bate-e-volta de um dia, indo de manhã e voltando à tarde. Comprei a passagem de trem pela Trenitália por 7.20 EUR cada trecho. O percurso dura mais ou menos 1:30 h e fica muito bonito especialmente depois de Oulx (se pronuncia Úla).
Uma recomendação: me disseram que Oulx também seria uma boa opção para fazer esse passeio, mas eu não recomendo. O lugar não é tão bonito, e foi melhor aproveitar o dia em Bardonecchia.
Saímos por volta de umas 9 h da manhã e retornamos a Turim às 16 h
3. O que fazer (além de esquiar)
Falando primeiro de esqui, a pista de Campo Smith é a mais próxima do centro, a 15 minutos de caminhada da estação (virando a esquerda). Mas também é a mais bombada, e se você tiver disposição de pegar um taxi ou o ônibus amarelinho da linha 1 no ponto em frente à estação, vai para Melezet. Lembra que na Itália tem que comprar o bilhete de ônibus na Tabacaria antes.
Melezet fica na mesma estrada de aslfalto que Campo Smith, mas a caminhada até lá dá uns 40 minutos. É um borgo antigo, clássico e muito mais elegante do que as multidões em Campo Smith. Nessas duas estações a gente chega, tem lugares para alugar equipamentos, e depois subimos de teleférico.
Mas Bardonecchia não é só pista de esqui. E eu sou um desastre e um perigo muito grande se tentar esquiar, por isso não fui para as pistas nesse dia. Saí da estação de trem e segui o fluxo para a rua principal (à direita da estação). Ali, na primeira praça tomei um café na cafeteria Havana onde tem um banheiro limpinho e wi-fi aberto.

Depois do café continuei subindo a rua principal rumo ao Tur D'Amun, um parque arqueológico com as ruinas de uma construção com funções militares que datam dos séculos XIII-XIV.
A região foi cenário de disputas entre os domínios do que hoje são a França e a Itália, já foi residência senhoril e sua localização estratégica permitia a comunicação visual com o Forte de Bramafam.
O acesso ao lugar é aberto e o tour é auto-guiado. Existem informações disponíveis no local que ajudam a esclarecer o contexto histórico. E a vista rende fotos fantásticas!
Forte Bramafam: é um museu e a vista é paga. O forte moderno foi construiído no século XIX sobre as ruínas do forte original, datado do século XIV. Ele era uma prisão remota onde se mantinham prisioneiros importantes para a realeza da França. A referência histórica a esse contexto é apresentada no filme "O Homem da Máscara de Ferro" que você deve assistir já (tem o trailer no final do texto).
Leia mais sobre ele na parte 2 da visita a Bardonecchia.
Observação: a Secretaria de Turismo de Torino oferece um cartão que dá acesso a (quase) todos os museus das regiões de Piemonte e Aosta, inclusive o Forte de Bramafam. No meu caso eu paguei 52.00 EUR com validade para um ano. Vale a pena pra quem vai passar um tempo na região, pois cada ingresso nos museus custa em média uns 10 ou 15 EUR.
4. Onde comi
Eu me empolguei no passeio a pé e ficou tarde. Quando voltei pra comer já era 13:30 h e os restaurantes estavam fechando ou já estavam fechados. Depois das 14 h só encontrei o Ristorante Bardosteria, que apesar de estar quase fechando, me recebeu muito bem.

Então, atente-se para esses horários, especialmente em cidades pequenas. A gente fica literalmente sem opção pra comer fora dos horários.
5. Coisas importantes
Onde tem banheiro: quando a gente passa o dia fora, essa é uma informação valiosíssima. A cafeteria Havana tem um banheiro limpinho, e a pracinha perto da estação é uma boa referência pra ela. O Ristorante Bardosteria também tem um banheiro bem higiênico.
Horários para comer: TODOS os restaurantes fecham às 14 horas e só reabrem para o jantar.
Fontes de água: tem pela cidade toda. Não precisamos comprar água. E ela não tem sabor calcário como na maioria da Itália.
Se pra você esse post foi útil, ou sentiu falta de alguma informação importante:
1. Eu continuo relatando as experiências em Bardonecchia no verão onde acrescento mais informações sobre trilhas e gastos;
2. Pode perguntar. Será um enorme prazer ajudar!
3. Veja uma cena do filme O Homem da Máscara de Ferro (1998):
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